Nos
portfólios, os educadores têm documentado (numa pasta ou dossiê ou em suporte
digital) seu percurso profissional, com as obras mais marcantes e
significativas. Segundo Terezinha Guerra, os educadores contemporâneos sugerem
que seja feita dessa forma a organização dos registros dos alunos e também os
do professor.
João Grilo
Alandroal ressalta que o portfólio é uma coleção pequena e organizada, com
muito critério, de materiais produzidos apenas pelo professor ou também com
outros colaboradores. Ele ainda destaca que o material seja representativo: do
seu trabalho;
do seu estatuto profissional;
da sua competência pedagógica;
do seu conhecimento dos
conteúdos que leciona; de outros atributos pessoais e profissionais que
contribuem para o tornar um professor único.
Quanto
à história do portfólio, Alandroal
nos conta em seu blog que o conceito de portfólio sofreu muitas mudanças ao ser
usado na área da educação, sobretudo, na avaliação do desempenho dos
professores. Seu início nesta área acontece, nos anos 1970, no Canadá, e é
chamado de ‘teaching dossier’. Mas o ‘portfolio movement’ aconteceu, nos anos
1990, nos EUA. É daí que veio um dos primeiros textos que tratava do assunto de
forma teórica: “The scholteacher’s portfolio: an essay on possibilities”, de
Tom Bird. Atualmente, os portfólios
ganharam destaque em âmbitos tão diversificados como, por exemplo: a avaliação
da aprendizagem dos alunos;
a avaliação de professores em formação e certificação de professores; a avaliação dos professores universitários; como forma especial de Curriculum vitae, demonstrativo de determinadas competências e capacidades para determinado emprego ou função.
a avaliação de professores em formação e certificação de professores; a avaliação dos professores universitários; como forma especial de Curriculum vitae, demonstrativo de determinadas competências e capacidades para determinado emprego ou função.
Segundo
Elisa Kerr, o portfólio só faz sentido se for para despertar e aprimorar as
competências dos educandos. Dessa forma, ela sugere que façamos a questão: “Como trabalhar a atividade para colocar no
portfólio”. Para ela, pode ser: avaliação, projetos, atividades, pesquisas etc.
João Grilo
Alandroal ressalta que o portfólio deve conter materiais e recursos produzidos
pelo professor ou em colaboração com outros.
E ainda, de
acordo com Terezinha Guerra, o portfólio deve trazer rascunhos, projetos,
anotações, reflexões, trabalhos individuais ou em grupo, relatórios, entre
outros marcos significativos de aprendizagem.
O professor também deve elaborar o seu portfólio, de cada classe, com
registros de cada aluno ou grupos de alunos, com suas reflexões, anotações,
avaliações, enfim, com a história de seu percurso com aquele grupo de alunos
que lhe foi confiado naquele período de tempo.
Segundo
Terezinha Guerra, é indispensável que os portfólios sejam compartilhados entre
os alunos da classe, com outros professores da escola assim como com os pais. O
portfólio do aluno deve ter suas produções e deve documentar sua trajetória
durante um determinado projeto ou ano escolar. Como cada portfólio é único,
deve sempre ter a marca de quem o elabora. Por isso, deve ser vivo, dinâmico e
nunca algo burocrático, feito por obrigação, como um exercício sem sentido.
O portfólio
deve ser feito tanto pelos professores quanto pelos alunos. Segundo Terezinha
Guerra, cabe ao professor a orientação do aluno, que pode combinar os critérios
de seleção dos trabalhos com a sua turma. Assim, podem fazer parte: textos, desenhos, rascunhos, projetos, entre outros
marcos significativos de aprendizagem. Segundo ela, o material deve ser
organizado de forma que destaque o envolvimento do aprendiz no processo de
ensinar/aprender.
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