sexta-feira, junho 06, 2014

Portfólio




Nos portfólios, os educadores têm documentado (numa pasta ou dossiê ou em suporte digital) seu percurso profissional, com as obras mais marcantes e significativas. Segundo Terezinha Guerra, os educadores contemporâneos sugerem que seja feita dessa forma a organização dos registros dos alunos e também os do professor.
João Grilo Alandroal ressalta que o portfólio é uma coleção pequena e organizada, com muito critério, de materiais produzidos apenas pelo professor ou também com outros colaboradores. Ele ainda destaca que o material seja representativo: do seu trabalho; do seu estatuto profissional; da sua competência pedagógica; do seu conhecimento dos conteúdos que leciona; de outros atributos pessoais e profissionais que contribuem para o tornar um professor único.
Quanto à história do portfólio, Alandroal nos conta em seu blog que o conceito de portfólio sofreu muitas mudanças ao ser usado na área da educação, sobretudo, na avaliação do desempenho dos professores. Seu início nesta área acontece, nos anos 1970, no Canadá, e é chamado de ‘teaching dossier’. Mas o ‘portfolio movement’ aconteceu, nos anos 1990, nos EUA. É daí que veio um dos primeiros textos que tratava do assunto de forma teórica: “The scholteacher’s portfolio: an essay on possibilities”, de Tom Bird. Atualmente, os portfólios ganharam destaque em âmbitos tão diversificados como, por exemplo: a avaliação da aprendizagem dos alunos;
a avaliação de professores em formação e certificação de professores; a avaliação dos professores universitários; como forma especial de Curriculum vitae, demonstrativo de determinadas competências e capacidades para determinado emprego ou função.
Segundo Elisa Kerr, o portfólio só faz sentido se for para despertar e aprimorar as competências dos educandos. Dessa forma, ela sugere que façamos a questão:  “Como trabalhar a atividade para colocar no portfólio”. Para ela, pode ser: avaliação, projetos, atividades, pesquisas etc.
João Grilo Alandroal ressalta que o portfólio deve conter materiais e recursos produzidos pelo professor ou em colaboração com outros.
E ainda, de acordo com Terezinha Guerra, o portfólio deve trazer rascunhos, projetos, anotações, reflexões, trabalhos individuais ou em grupo, relatórios, entre outros marcos significativos de aprendizagem.  O professor também deve elaborar o seu portfólio, de cada classe, com registros de cada aluno ou grupos de alunos, com suas reflexões, anotações, avaliações, enfim, com a história de seu percurso com aquele grupo de alunos que lhe foi confiado naquele período de tempo.
Segundo Terezinha Guerra, é indispensável que os portfólios sejam compartilhados entre os alunos da classe, com outros professores da escola assim como com os pais. O portfólio do aluno deve ter suas produções e deve documentar sua trajetória durante um determinado projeto ou ano escolar. Como cada portfólio é único, deve sempre ter a marca de quem o elabora. Por isso, deve ser vivo, dinâmico e nunca algo burocrático, feito por obrigação, como um exercício sem sentido.
O portfólio deve ser feito tanto pelos professores quanto pelos alunos. Segundo Terezinha Guerra, cabe ao professor a orientação do aluno, que pode combinar os critérios de seleção dos trabalhos com a sua turma. Assim, podem fazer parte: textos, desenhos, rascunhos, projetos, entre outros marcos significativos de aprendizagem. Segundo ela, o material deve ser organizado de forma que destaque o envolvimento do aprendiz no processo de ensinar/aprender.

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